28 de Marco de 2024
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40 anos de Plebe Rude

Comemorando 4 décadas, a Plebe Rude, uma das principais bandas do pais, lança o single ’68’. A faixa faz parte do projeto “Evolução”, que teve seu primeiro volume lançado em 2019. O trabalho conta com 28 canções, que narram a trajetória do ser humano na Terra.

O nome do single é bastante significativo. “68 foi um ano de muitas lutas, desde os protestos contra a guerra do Vietnã, dos direitos civis e a primavera de Praga. O assassinato do Martin Luther King talvez tenha sido o fato mais marcante. Mas foi como o ano terminou que marcou 68 e deu significado e esperança para tudo o que aconteceu. O Apollo 8 em dezembro circundou a Lua pela primeira vez e foi ali que vimos toda a fragilidade da Terra através da famosa imagem ‘earthrise’. Um ano tão difícil foi encerrado com a raça humana se vendo na vastidão do espaço. Quem sabe aprenderia a deixar de lado as diferenças e cuidar daquele pontinho no céu”, filosofa o vocalista Philippe Seabra.

“Me pego ouvindo o disco e pensando: essa música é sobre algo que aconteceu na história tempos atrás, mas parece que estamos cantando sobre hoje. Com a nova onda conservadora se consolidando, é importante o exemplo histórico de que lutar é possível”, completa o baixista André X.

O álbum “Evolução – Vol. II” foi finalizado antes do início da pandemia de Covid-19, no entanto Seabra revela que a faixa ainda inédita, “A Hora de Parar”, teve uma atualização para abarcar o tema. “A trajetória do homem, tristemente previsível, nos fez não ter que atualizar mais nada. O ‘Volume 2’ começa na revolução industrial e segue a história desse curioso rebanho que tende à autodestruição. Mas durante o caminho quem sabe aprenda alguma coisa para reverter esse futuro sombrio”.

Veja aqui a música ’68’.

“68”
(Música e letra: Philippe Seabra / André X)

“Ergam os punhos pros direitos civis
Do gramado em frente à Casa Branca as ruas de Paris
No Vietnã a caça a Ho Ching Minh
E na América o assassinato do Martin Luther King
68 acabou entrando para a história
Eu sou realista, sim
E quero o impossível para mim
A Primavera de Praga acendeu
Uma chama de esperança pelo leste europeu
No Araguaia a mobilização
Enquanto o AI-5 trucidava a constituição
68 acabou entrando para a história
Eu sou realista, sim
E quero o impossível para mim
Esquentem a guerra fria e saibam sim que é proibido proibir
Dezembro de 68 partiu em missão
O Apollo 8 com a humanidade na tripulação
Circundou a lua e vimos pela primeira vez
A aurora de um planeta e toda sua insensatez
O nascer da terra pra lembrar do que já esquecemos
A lua que iluminava a selva do Vietnã
A mesma luz que o Mandela via da prisão
Que refletia na sepultura do Martin Luther King
A luz que a força bruta não consegue extinguir
68 acabou entrando para a história
Eu sou realista, sim
E quero o impossível para mim
Esquentem a Guerra Fria e saiba, sim que é proibido proibir

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