Atenção, agora, moradores do Lago Sul, Lago Norte, Park Way, Águas Claras e Jardim Botânico: a partir do próximo sábado (17), começam as consultas públicas nas suas regiões. Um dos temas polêmicos é a permissão para o funcionamento de atividades comerciais nos lotes residenciais.
A questão é: não basta ser legal, precisa atender às reais necessidades da população. Sucessivos governos com a Câmara Legislativa alteraram a legislação urbanística da cidade, permitindo a ocupação de atividades de grande e médio portes em locais previstos para terem menos impacto. Não estamos aqui pregando contra as atividades econômicas que são essenciais para a cidade até para gerar empregos. Mas devem estar em consonância com o desejo da comunidade. Para isso, existem as audiências públicas, organizadas pela Secretaria de Habitação do GDF, mas que têm pouca participação ou apenas de grupos organizados em torno de um ponto muito específico que acabam não representando a maioria da comunidade.
No caso da área verde da comercial da 207 Sul, que daria lugar a um Restaurante Unidade Vizinhança (RUV), havia amparo legal. Mas, naquela situação, algo defasado, pois os moradores eram contra a mais um comércio. Eles se mobilizaram e conseguiram que o GDF suspendesse a obra para preservar as árvores do local.
Permitir que pequenas atividades possam ser realizadas no endereço residencial contribui para reduzir o tráfego nas vias do DF.
O Plano Piloto é regido pelo PPCUB, Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília. As outras regiões, pela Lei de Uso e Ocupação do Solo, a Luos. E ela está em pleno debate também. Atenção, agora, moradores do Lago Sul, Lago Norte, Park Way, Águas Claras e Jardim Botânico: começam, a partir do próximo sábado (17), as consultas públicas nas suas regiões. Um dos temas polêmicos é a permissão do funcionamento de atividades profissionais e comerciais nos lotes residenciais. Escritórios de advocacia, como o do advogado Willer Tomaz, preso na Operação Lava Jato, numa mansão do Lago Sul. As atividades de escolas, creches, clínicas de estética são outros exemplos. Os estabelecimentos desse tipo que já têm alvará, obtido em legislação anterior, poderão permanecer se tiverem aprovação da comunidade, após essas consultas.
A tendência é que seja permitido o funcionamento no estilo home-office para que profissionais liberais possam ter seu escritório na residência ou, pelo menos, endereço comercial para trâmites burocráticos. A liberação para que pequenas atividades possam ser realizadas no endereço residencial contribui para reduzir o tráfego nas vias do DF. Se a pessoa puder trabalhar em casa, será menos uma a ter de se deslocar usando seu carro ou transporte público para ir ao trabalho. A participação da comunidade tem efeito prático. O texto original da Luos já sofreu diversas alterações após essas rodadas de debate. Não será tempo perdido. É o futuro da qualidade de vida da sua vizinhança que está em jogo. Para conhecer o que está sendo proposto para sua região e seu endereço, acesse: http://www.segeth.df.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=469. Lá, também estão disponíveis informações sobre todas as fases do processo.
CONFIRA AS DATAS:
Águas Claras – 20/06; Auditório do Colégio La Salle, na quadra 301, das 19 às 22h
Lago Sul – 26/06; No auditório da Administração Regional, das 19h às 22h
Lago Norte – 27/06; No auditório da Administração Regional , das 19h às 22h
Park Way – 28/06; Ginásio de Esporte ao lado da Administração do Núcleo Bandeirante, das 19h às 22h
Jardim Botânico – 1°/07
PS – Vou sair agora do tema da coluna, mas o assunto é tão importante ou mais. Minha solidariedade à jornalista Miriam Leitão, além de profissional que merece nosso maior respeito, é mãe de um grande colega também jornalista, Matheus Leitão, que acaba de lançar o livro “Em Nome dos Pais.” Um resgate histórico do que passaram seus pais na época da ditadura. É absurdo, desumano, que jornalistas sejam coagidos, agredidos em locais públicos, no exercício da função ou num momento da vida particular, por radicalismos político-partidários, como Miriam foi vítima dentro de um voo.
Um comentário
Beth Barbosa
14/06/2017 at 07:00Estou adorando o site! Divulgando entre amigos, conhecidos de Brasília e de outros estados. Até porque Brasília é de todos os brasileiros! Parabéns mais uma vez a vocês! Meus respeitos e admiração!