Por Raianni Garcia
Estamos na época mais seca do ano em Brasília, e os olhos podem sofrer muito com a baixa umidade do ar. Se você sente ardência, vermelhidão, sensação de areia, turvação visual ou coceira, pode ser vítima da síndrome do olho seco.
Mas o tempo seco não é o único vilão! Entre os fatores de risco estão a idade avançada, uso de medicamentos, inflamação na parte externa da pálpebra, doenças autoimunes, uso de lentes de contato e pós-operatório de cirurgia nos olhos.
Preste atenção a algumas medidas simples, que podem prevenir ou mesmo evitar a síndrome do olho seco:
-Aumentar a ingestão de líquidos e evitar longos períodos de exposição a ambientes com baixa umidade, onde há o uso continuo de ar condicionado ou muito vento, por exemplo.
-Reduzir o tempo de uso de aparelhos eletrônicos, pois o olhar fixo a telas de computadores e celulares diminui o pestanejamento, aumentando a exposição dos olhos.
-Melhorar a qualidade do sono e usar colírios lubrificantes ajudam bastante.
As tão temidas conjuntivites infecciosas também têm sua incidência aumentada neste período do ano, justamente em função do ressecamento. É que a lágrima tem uma função protetora da superfície ocular.
Uma forma muito eficaz de prevenir a conjuntivite é a higienização freqüente das mãos, assim como evitar tocar os olhos. Outra dica importante é não compartilhar toalhas de rosto, óculos e maquiagem, já que a principal forma de adquirir a doença é o contato. As piscinas também são uma importante fonte de bactérias e vírus causadores de conjuntivite.
A doença é caracterizada por vermelhidão, secreção ocular, coceira e ardência. E o tratamento depende do tipo (viral, bacteriana, alérgica, etc), mas costuma envolver o uso de colírios lubrificantes e compressas frias para alívio dos sintomas.
Já o hordéolo, popularmente conhecido como terçol, pode ocorrer em qualquer época do ano. O aparecimento depende de uma predisposição individual e é causado pela obstrução do orifício de drenagem de uma glândula sebácea da pálpebra, podendo virar uma inflamação com nódulo doloroso, vermelhidão, coceira, edema localizado e até secreção purulenta. Para evitar é aconselhável higienizar as pálpebras e usar colírios lubrificantes. Outra medida importante é remover adequadamente a maquiagem dos olhos.
Mas é importante consultar sempre o seu médico oftalmologista para ter um diagnóstico correto e aconselhamento sobre outras medidas preventivas ou tratamento.
Raianni Garcia é médica formada pela Unb, com título de especialista em oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, residência em oftalmologia pelo Hospital Pacini, estágio no Centre Hospitalier National d’Ophtalmologie des Quinze-Vingts, Paris, França. Informações na Clínica Oculare pelo: 3242-4222.
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