Samanta Sallum
Comida francesa sem complicação, mas com muito charme e bem servida. O Realejo, do chef Eduardo Sedelmaier, dá o toque francês a um dos cantinhos da Quituart, no Lago Norte.
Quando a gente pensa em comer num “francês”, imagina comida muito sofisticada e em pequena quantidade. Mas essa é a nouvelle cuisine francesa. No Realejo, encontramos a clássica. Um lugar ótimo para comer um alto e suculento filé-mignon ao molho roquerfort ou funghi, feito artesanalmente, acompanhado de batata assada.
Há muito tempo mesmo, eu não ia almoçar na Quituart, apesar de passar em frente várias vezes na minhas idas ao Lago Norte. Foi uma delícia em todos os sentidos. O lugar não tem o glamour associado ao clima francês.
Mas, sim, podemos encontrar comida boa, com pitadas de requinte, sem embromação, num lugar despojado! Tudo que eu pedia chegava a minha mesa de forma carinhosa e atenciosa, mesmo que aquilo que eu quisesse não estivesse disponível na ‘portinha’ a qual havia escolhido me sentar.
Como numa praça de alimentação, o chope gelado veio do vizinho e o cafezinho, do box mineiro.
Eu garanto aos mais famintos que não vão passar fome neste francês nem ter que fazer “biquinho” para pedir os pratos. Mas, se quiserem, podem fazer, pois também faz parte do prazer de se viajar pelo mundo por meio da gastronomia.
O mantra do Chef Edu é: “Comida de verdade, cozinha de sabor”. Com variada experiência pelos restaurantes da cidade, em 18 anos dedicados a panelas e têmperos, Edu passou pelo Alice, La Focaccia, Rappel, Sebinho, entre outros. É ele quem fornece os pães feitos artesanalmente para a padaria Varanda, na Asa Norte.
Um dos destaques do cardápio é o frescor do steak tartare de entrada, feito sempre com carne do dia. Nada de carne congelada, que altera o sabor e o ponto de preparo. Outra entrada delícia é o couvert com paté royalle e pistache, feito artesanalmente por Edu. Ah! Tem os hambúrgueres de opção para lanche!
Já as Carolinas de chocolate e o creme brullé partiram meu coração na hora de decidir a sobremesa. Queria os dois! Mas fiquei com o creme brullé.
O Realejo, aberto há pouco mais de 1 ano, é um dos poucos da capital a servir o clássico dos clássicos: Coq au vin, um prato com referências históricas que remontam a 53 anos antes de Cristo, na época das grandes batalhas do imperador romano Júlio Cesar. Quer experimentar toda essa história? Vai lá e bon appetit!
Vem olhar e experimentar!
O Realejo – Na Quituart , Lago Norte , na altura na Q.I. 09/10
Quintas e sextas para jantar – Das 18h às 23h
Sábados e domingos para almoço das 12h às 15h
Um comentário
Gabriella
10/11/2017 at 09:28Sobre O Realejo, gosto muito! Só que os pães são fornecido pela Varanda, e não o inverso…