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Olhar Brasília
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Lá na minha rua

Água e informação a conta-gotas

Tão ruim quanto a falta de água é a informação desencontrada do GDF sobre o plano de racionamento, que pode se estender para 48 horas. Num vai e vem de informações, o cidadão fica refém e a imprensa tem o seu trabalho dificultado.

Na semana passada, a população recebeu a notícia de que o plano de restrição de abastecimento passaria para dois dias a partir de hoje. A Caesb e o governo desmentiram veementemente e afirmaram que isso não passava de boato. Mas, como onde há fumaça há fogo, o boato está para virar realidade.

Depois de negarem tal medida, saiu publicada, no Diário Oficial, um dia depois, justamente a portaria autorizando o plano de aumento do racionamento. E foi admitido ainda, na semana passada, que hoje, segunda-feira, a Caesb enviaria à Adasa o novo calendário. Mas hoje mesmo a medida foi adiada, na esperança de que a chuva chegue nas próximas horas ou dias para nos salvar! 

No fim de semana, a cidade de Brazlândia se viu surpreendida com 48 horas de racionamento. Foi uma medida emergencial, segundo a Caesb. É preciso ter cuidado com a comunicação pública.

Uma hora uma fonte oficial do governo diz que a água acabou, depois outra desmente, depois a outra reafirma, em seguida vem outra novidade… Percebe-se que está havendo uma bateção de cabeça dentro do GDF, da Caesb e da Adasa.

Ou que as informações estão sendo prestadas conforme a conveniência do momento, confundindo a população e a imprensa.

Prestar o serviço da comunicação pública de forma transparente é dever do Estado, ainda mais quando o assunto é de primeira necessidade da população, alterando profundamente a rotina da comunidade. 

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3 Comentários

  • Reply
    Nicolas
    23/10/2017 at 19:16

    Não creio que o problema seja falta de entendimento entre os órgãos de governo. O que fica mais claro a cada dia é que o GDF se pauta pelas pesquisas de opinião visando as eleições do ano que vem. Por isso, faz ouvidos moucos às informações desfavoráveis à atual administração e enfia a cabeça no buraco, feito avestruz, quando tem que enfrentar situações difíceis como a atual, esperando que a situação se resolva por mágica. Estender o racionamento às instituições públicas e hotéis da cidade já seria um bom começo de atitude séria a tomar.

  • Reply
    José Carlos Camapum Barroso
    24/10/2017 at 10:15

    Prezada Samanta, não há, nem houve, contradição alguma. A Caesb apenas esclareceu que não pretende, e nem vai, implantar a ampliação do rodízio por agora, embora esteja autorizada. A autorização é um ato formal que precisa ser concedido de qualquer maneira. Só vamos implantar a ampliação do rodízio se de fato for necessário – e, para tanto, já estaremos autorizados. Várias medidas tomadas pela Caesb nos permite esse fôlego, que significa, na prática, poupar a população de mais esse sacrifício. Entre elas, a transferência de água do Santa Maria para as cidades abastecidas pelo Descoberto; a colocação de água nova no sistema com o Estação de Tratamento de Água do Lago Norte (Paranoá) já operando e a entrada em operação do Bananal neste final de mês; os estudos que apontaram possibilidade de utilização de água que antes estava em uma margem de segurança para as bombas do Descoberto; a importância do uso consciente e racional da água, eliminando-se desperdícios; e a proximidade do período de chuva, pois estamos no final de outubro, término do período de seca. Temos condições de aguardar mais um pouco, sem prejuízos posteriores. Grande abraço – José Carlos C Barroso – assessor de Comunicação da Caesb.

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      Samanta Sallum
      24/10/2017 at 18:20

      Olhar Brasília agradece os esclarecimentos da Caesb. O nosso compromisso é informar da forma mais clara, precisa e responsável à comunidade sobre o assunto. Estamos sempre com o espaço aberto para informações de interesse público e estamos engajados em conscientizar a população da parte em que ela pode ajudar, que é o uso consciente da água. E dos órgãos governamentais esperamos receber as informações que a comunidade necessita. Imprensa, gestores públicos e população devem estar integrados, cada um fazendo a sua parte4, para enfrentar a crise que passamos com a falta de água.

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