9% no reservatório do Descoberto era o número de alerta, o gatilho para aumentar os dias de racionamento e o sinal vermelho de que a crise hídrica tinha chegado ao ponto mais alarmante.
Pois hoje o nível do volume útil chegou a 8,3%, o pior índice da história, segundo medição da Adasa, atualizada às 14h. A falta d’água é uma realidade incontestável. Apesar dos anúncios de que o racionamento seria estendido para dois dias, a Caesb afirma que é feito todo esforço para não tomar a medida mais drástica no momento.
Algumas regiões, como Sobradinho, Brazlândia e Planaltina, já estão vivendo essa dura realidade. “A Caesb não pretende, nem vai, implantar a ampliação do rodízio por agora, embora esteja autorizada. Só vamos ampliar o rodízio se de fato for necessário. Várias medidas tomadas pela Caesb nos permitem esse fôlego, que significa, na prática, poupar a população de mais esse sacrifício”, informou a assessoria da empresa ao site Olhar Brasília.
A companhia volta a fazer o apelo à população para o uso consciente e racional da água, eliminando os desperdícios.
Esperamos a proximidade do período de chuva, pois estamos no fim de outubro, término do período de seca. Temos condições de aguardar mais um pouco, sem prejuízos posteriores. Mas com a ajuda da população.”
A companhia afirma que ainda pode esperar um pouco antes de ampliar o racionamento adotando uma série de medidas, como: a transferência de água do reservatório de Santa Maria (que hoje marca 23,8% da capacidade) para as cidades abastecidas pelo reservatório do Descoberto; a colocação de água nova no sistema com a Estação de Tratamento de Água do Lago Norte (Paranoá) já operando; e a entrada em operação do Bananal no fim deste mês. Também há estudos que apontaram a possibilidade de utilização de água que antes estava em uma margem de segurança para as bombas do Descoberto.
Esta semana, a Novacap suspendeu a irrigação de canteiros da capital e dos prédios de órgãos públicos, incluindo o Palácio do Buriti. No início do racionamento, o governo havia anunciado que a água utilizada para regar os canteiros era de reúso, mas agora houve essa determinação do governador Rodrigo Rollemberg.
E não há boas notícias no horizonte. O Instituto de Meteorologia só prevê chuvas no DF a partir do dia 28.
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