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A dengue chega com o verão, com o período das chuvas. Se der mole, pega a gente mesmo. Já me pegou. Fui picada pelo mosquito contaminado. Achava que por estar em área urbana estaria mais protegida. Ilusão!
Fiquei traumatizada. Hoje, quando vejo um mosquito com a aparência do tal Aedes, me dá arrepios. Lembro-me do poder destruidor que esse ser minúsculo tem sobre nós. Eu fui picada aqui em Brasília. Não sei ao certo onde ele me pegou, mas foi entre a Asa Norte, o Lago Norte e o Lago Sul.
Tenho vários amigos que sofreram com dengue na virada de 2016 para 2017. O Distrito Federal registrou 19.957 casos no ano passado, segundo a Secretaria de Saúde do DF. O número representou aumento de 90,66% em relação a 2015, em que houve 10.467 casos.
Ao todo, 22 pessoas morreram em 2016 (cinco a menos do que em 2015) por causa da doença. Mas muitos casos não são registrados. A pessoa fica doente, porém não chega a ser oficialmente diagnosticada. Então, esses números podem ser ainda maiores.
A febre alta de bater os dentes e as fortes dores pelo corpo inteiro fazem a gente pensar no pior. Eu nunca tinha sentido sintomas tão fortes! Suava como nunca. Quatro dias na cama delirando. E o médico me disse que a minha doença foi na versão light. Verdade, tive sorte. Conhecidos meus tiveram de ser hospitalizados.”
Brazlândia foi a região em que houve mais casos na capital, em 2016, com 1.942 doentes. Em segundo lugar, aparece Ceilândia (1.925), seguida por São Sebastião (1.750), Taguatinga (1.496), Planaltina (1.422) e Samambaia (1.388). Mas não relaxe se você mora no Plano, nos Lagos Sul e Norte ou em outras regiões.
Até no elevador do prédio você pode esbarrar com o dito-cujo: o Aedes aegypti. Ele é confundido com o pernilongo. Mas o mosquito da dengue tem hábitos diurnos e é bem preto com listras brancas. O pernilongo é o que aparece de noite zumbindo no nosso ouvido e é amarronzado.
Ainda tivemos casos de zika vírus e da febre chikungunya, doenças também transmitidas pelo mosquito da dengue. Foram identificadas, em 2016, 198 ocorrências de zika e 153 de chikungunya no DF. As regiões com mais casos de zika foram Taguatinga (31), Asa Norte (13), Asa Sul (12), Guará (12) e Lago Norte (12).
Este ano , até agora foram 6. 166 casos suspeitos de dengue na cidade . Uma certa trégua em relação a 2016. Há uma redução de 71%. As chuvas escassas, por enquanto,, teriam ajudado a evitar a proliferação do mosquito.
Ações de prevenção dos órgãos de saúde, aliadas às atitudes da população para impedir que o mosquito prolifere, são importantes. É uma guerra mesmo! Se deixarmos o território livre para ele, nos abate sem dó. Procedimentos simples, como não deixar água parada em potinhos de vasos de planta, em pneus, espelhos d’água ou piscinas sem uso, fazem muita diferença!
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal: http://www.saude.df.gov.br/
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