O Martinica reabre na próxima semana em fase de testes, o chamado “soft open”, com nova administração. Depois da comoção no ano passado com o anúncio do fechamento, o ponto vai ser mantido como café cultural, mas com adaptações e cardápio novo.
Grande entusiasta do café, o barista Paulo Lima, conhecido como Paulinho, é um dos responsáveis por manter o funcionamento do Martinica Café.
A proposta surgiu de forma repentina por Adeildo Bezerra, um dos fundadores do espaço. “Ele me ligou falando do movimento dos clientes, o ‘Fica Martinica’, que aumentou bastante o faturamento do local. Em seguida, perguntou se eu conhecia alguém que pudesse tocar o café. Não pensei duas vezes”, conta Paulinho, que já fez parte da equipe do Martinica durante três anos.
Em entrevista ao Olhar Brasília, ele justifica o apreço pelo local.
“É o café cultural mais antigo da cidade, que fez história. Uma referência que não poderia simplesmente fechar as portas”, reforça Paulinho, que, ao lado de Adeildo e do também barista Daniel Viana, campeão do Centro-Oeste do Campeonato Brasileiro de Baristas em 2010, vai tocar o negócio com algumas reformulações.
O novo cardápio, assinado por Paulinho, terá menos opções, com algumas novidades entre sanduíches e hambúrgueres. Dos pratos conhecidos entre o público do Martinica, a receita de bolo de chocolate meio amargo será readaptada e ganhará ingredientes artesanais na composição.
A carta de vinhos e cervejas especiais foi elaborada pela sommelier Renata Agostinho (ex-Universal Dinner e Pinella) e contempla rótulos já conhecidos pelo público local, como Criolina, Cerrado Beer e Corina.
Café turco
Diferentes modos de preparo do grão integram o cardápio da casa repaginada, como o café turco, o hario v60, a prensa francesa e o sifão.
Entre as bebidas consagradas pelo Martinica, foram preservadas o iced maltine coffee: café gelado com Ovomaltine e o chocolate quente com especiarias.
O espresso com gim tônica, nova tendência no mercado de cafés, também marca presença no novo cardápio.
O público ainda vai contar com uma variedade de cafés gelados para os dias de temperaturas elevadas. Como acompanhamento, os icônicos pães de queijo recheados ganham novas versões com almôndegas e linguiça de lata do produtor rural Leo Hamu e costela bovina.
Quem pisar no café repaginado perceberá algumas diferenças no ambiente. O novo projeto conta com uma bancada em cimento queimado e mantém clássicos, como mesas revestidas em mosaico português, espelhos imponentes e todo o mobiliário.
“A gente quis um projeto que preservasse a identidade do café, assim como o nome que será mantido com o letreiro original”, destaca Paulinho, animado com o mercado de cafés na capital.
Valorização
“Hoje, o brasiliense está preocupado com o nível de qualidade e variedade dos cafés que consome. Sabe da importância da moagem, do tipo de grão e as diferenças entre as regiões produtoras. Esse movimento tem valorizado cada vez mais os baristas no mercado. Sem dúvidas vivemos uma nova fase”, afirma o novo sócio do Martinica, que pretende manter o local como um ponto de encontro cultural da cidade.
Para comemorar os novos ares do Martinica, os sócios planejam uma festa de inauguração, com direito à entrega simbólica das chaves como uma celebração da cultura cafeeira na cidade.
O público que deseja conferir as mudanças ao vivo pode visitar o Martinica amanhã, que funcionará em sistema soft open.
Olha só: o Soft Open do Martinica Café, sob nova direção, vai ser neste sábado, das 12h até 0h. O Café fica na comercial da 303 Norte, Bloco A, Loja 4. Tel: (61) 3326-2357
2 Comentários
Henrique Fróes
16/02/2018 at 16:05A pergunta é: o Capeta vai continuar atendendo? O Martinica sem o Capeta é como inferno sem o tinhoso, algo impensável (rs)
Samanta Sallum
19/02/2018 at 18:00verdadeeeeeeeeee rs rs rs