A capital da via L2 está precisando urgente de 2 Ls: Luz e Limpeza! Somos uma obra de arte empoeirada, arranhada, que fica às sombras. Brasília é linda, mas sua beleza está embaçada, craquelada, por falta de cuidados básicos, de simples manutenção.
Muitas vezes caminhar pelas comerciais do Plano Piloto, e de qualquer região administrativa, é uma experiência nojenta e perigosa. Não é digno da capital. A forma como os sacos de lixo (muitos rasgados, com os resíduos expostos) ficam horas e horas nas ruas à espera de serem recolhidos suja em todos os sentidos a imagem da cidade. E não tem explicação para esse desleixo.
O cheiro é horrível, o visual é horrível. É um problema urbanístico e também de saúde pública. Os estabelecimentos comerciais e os prédios residencias também têm parcela de culpa nisso. Há alternativas para acomodar o lixo, até que seja recolhido, de uma forma que não fique tão exposto na rua e aos pedestres.
É preciso estudar formas, fazer um concurso, que criem soluções mais higiênicas e mais estéticas para que o lixo, especialmente nas comerciais, tenha o manejo mais adequado. Quem nunca passou pela situação desagradável de estar entrando num restaurante ou bar e até perder um pouco a fome por ter sido obrigado a passar ao lado de um desses contêineres nojentos de lixo? Fora as calçadas detonadas e a iluminação pública da cidade também péssima. Sem falar no mato alto das entrequadras.
Quem conhece outras capitais, outras cidades até maiores, vê ruas mais limpas do que aqui. Parecem detalhes, mas que na verdade não são, e fazem muita diferença, arranhando toda a beleza da capital.
O GDF anunciou a boa notícia: a desativação do Lixão da Estrutural, que era uma vergonha internacional para Brasília, algo que nos remetia a cenas da Idade Média. Mas é preciso manter as ruas limpas. Isso não significa apenas recolher o lixo, mas estabelecer regras e fiscalizar como ele é colocado na rua.
E existe também a falta de educação de parte da população que deixa seu lixo espalhado em qualquer lugar, no chão, nos espaços verdes. Algumas pessoas não se dignam a dar alguns passos até a lixeira. Monumentos da cidade e lugares turísticos sofrem com essas cenas.
Eu e Marcia Zarur estávamos um dia desses na Igrejinha da 308 Sul, e bem próximo à entrada estavam espalhados sachês de mostarda abertos, guardanapos sujos, restos de cachorro-quente… E a gente ali, gravando uma entrevista para a TV defendendo a beleza de Brasília. Irônico, não?
Por favor, a nossa capital precisa de luz e limpeza!
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