Em mais um evento da campanha Mexeu com Brasília, Mexeu Comigo, brasilienses de nascimento ou por adoção, incluindo até estrangeiros, se reuniram para declarar seu amor pela cidade. Uma tarde de música, alegria e também protesto. Um manifesto pela reabertura do nosso Teatro Nacional e especialmente um grito de socorro pela Escola de Música de Brasília!
Debaixo das árvores, na hora em que o sol se põe, música cantada e tocada por jovens talentos da cidade. Gente boa, com um toque internacional: o charme húngaro dos anfitriões da Duna Casa Húngara, na 214 Norte. E, muito, muito amor por nossa cidade e nossos cantinhos.
Uma típica tarde de domingo numa quadra da Asa Norte. Quem passeava com seus cães, quem brincava com os filhos embaixo do bloco também se juntou ao público que tinha ido especialmente participar de mais esse encontro do movimento Mexeu Com Brasília, Mexeu Comigo!
Um recital com repertório lírico encantou e emocionou o público. Mais uma vez vestimos a camiseta para estampar nosso orgulho por Brasília. A soprano Manuela Korossy, de apenas 16 anos, cantou lindamente e fez um manifesto como aluna da Escola de Música, como estudante de canto lírico e amante da música.
“Eu sei que sou muito jovem, não vivi certas coisas do passado, mas eu tenho consciência da situação triste da nossa cultura no momento. O nosso Teatro Nacional fechado. Nossa Escola de Música com dificuldades. Quero fazer esse grito de SOS para a Escola de Musica!”
Manuela é um talento da cidade, que canta com o coração. Passeou por um repertório que foi da MPB, com uma emocionada interpretação de ‘O bêbado e o equilibrista’, imortalizada na voz de Elis Regina, a trechos de ‘O Fantasma da Ópera’.
Antes mesmo do início do recital, as camisetas, distribuídas gratuitamente nos eventos da campanha, acabaram. Todo mundo quer estampar no peito o orgulho de ser brasiliense. Quem não conseguiu sair com a camiseta desta vez pode nos acompanhar aqui pelo site e pelas redes sociais, porque teremos mais encontros e mais camisetas…
A professora paulista Iara Carvalho, de 55 anos, chegou cedo ao evento, e garantiu a dela, que quer exibir pelas ruas de São Paulo. O amor que sente por Brasília foi inesperado e arrebatador. Veio acomodar o filho, que havia passado na UnB e acabou ficando muitos anos por aqui. “Eu não me via como moradora de São Paulo mais, me tornei candanga, eu sou brasiliense de coração – criei paixão”, confessa.
Hoje, de volta à capital paulista, nutre o sonho de voltar a viver aqui algum dia. E fala sobre o maior motivo de saudades: “o céu de Brasília, que é uma coisa que emociona. Parece baixinho, aquele azul baixinho, que até chega doer o olhar de tão lindo.”
Os pais de Manuela, Gabriela e Laycer, são os donos do Duna Casa Húngara, um bistrô que oferece pratos da culinária do país, tortas e doces típicos. Um charmoso cantinho inaugurado há 1 ano.
O verde da superquadra e as mesinhas ao ar livre não atraem apenas os brasilienses. Encontramos uma estudante americana acompanhando a apresentação. Regina Stronchek aderiu ao movimento: “não sou daqui do país mas já ouvi gente falando mal da cidade, por isso é bom ter pessoas que fazem campanha para defender Brasília.”
A comunidade húngara também marcou presença, com um representante ilustre, o embaixador da Hungria, Norbert Konkoly, que vê no café um pedacinho de Budapeste na capital do Brasil. “Gosto muito da cidade, dos lugares, do clima. Encontrei aqui o que os brasileiros chamam de calor humano”, acrescenta.
Esse intercâmbio cultural representa bem Brasília, uma capital que reúne todos os sotaques do Brasil e do mundo. É a sede das embaixadas, hospeda pessoas do mundo todo em suas missões diplomáticas e acolhe e abraça quem vem de fora.
Por respeito à nossa capital, pela nossa gente, pelos nossos espaços culturais: Mexeu com Brasília, Mexeu Comigo! Aguardem. Vem muito mais por aí!!
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