O comediante Adriano Siri tem a maior facilidade para arrancar gargalhadas com seus personagens da Companhia de Comédia Os Melhores do Mundo. Mas deixa de lado o humor e o sorriso largo quando o assunto é a imprudência dos motoboys.
Ele, que é integrante do Conselho Editorial do Olhar Brasília, nos pediu uma atenção especial a esta pauta. O assunto é seríssimo, e Brasília realmente parece uma terra sem lei para os motoboys.
Quem enfrenta o trânsito sobre duas rodas obviamente está muito mais exposto a acidentes. É inacreditável, mas parece que a vulnerabilidade é diretamente proporcional à negligência desses pilotos, que se arriscam como se fossem imortais.
A agilidade da entrega é mais importante que a vida? E não só a vida deles, mas de quem estiver pelo caminho… Numa conversa preocupada, Siri chamava a atenção para a quantidade de entregadores que usa as calçadas da Asa Sul, onde ele mora, como pista de alta velocidade. Ciclistas, pedestres e crianças que se cuidem.
Susto nosso de cada dia
Coincidentemente, depois dessa conversa com Adriano Siri, semana passada senti na pele a irresponsabilidade alheia. Tinha levado meus filhos para prova, sábado de manhã e quando voltava, pouco depois das 7, vi o motoqueiro que entrega jornais no meu prédio “tocando o terror” na minha quadra.
Ele passou pela calçada lateral do prédio a toda velocidade, assustando uma senhora que passeava com o cachorro. Cruzou a saída da garagem na mesma velocidade, sem sequer olhar se havia algum carro. Parou no meio do estacionamento, jogou uma pilha de jornais embaixo do prédio, sem descer da moto. Depois fez uma conversão apressada e por milímetros não bateu no meu carro, que estava chegando.
Ainda pálida de susto, fiquei pensando quanto tempo ele “ganhou” com todas as infrações. Se tivesse dado a volta pela rua ao invés de cortar pela calçada, estacionado a moto e entregado o jornal para o porteiro teriam sido uns 3 minutos a mais, talvez. Se muito!
Uma economia de tempo injustificável, irresponsável, e que pode ser fatal. Eu pergunto, até quando?
Um comentário
Jorge Luís dos Santos Paiva
12/04/2018 at 23:27Meu pai foi atropelado na rua Toneleiros, (Copacabana) por um motociclista no corredor.