Nos últimos dias tenho sido abordada nos lugares mais inusitados com gente me perguntando: você vai ser candidata a algum cargo nas próximas eleições?
Ontem foi uma senhora no supermercado. Olhou pra mim, me reconheceu como “defensora de Brasília” e já engatilhou a pergunta, emendando que eu teria o voto dela. Domingo, no Rock na Ciclovia, outra moça me perguntou também. E nos últimos 20 dias foi a indagação de pelo menos uma dúzia de pessoas que cruzaram comigo pela cidade.
Fico sinceramente agradecida pelo carinho, mas respondo rapidamente: não sou candidata e nem pretendo ser – nunca! Acho que precisamos de boas pessoas na política, bem intencionadas e preocupadas com a coletividade. Mas eu não tenho o menor perfil pra política.
Sou muito comprometida, desde sempre, com os assuntos e com a defesa de Brasília, sim. Mas acho que a minha melhor contribuição é pelo meu ofício. O jornalismo me permite fazer muito. Olhar apaixonadamente para Brasília, sem ficar cega para os seus problemas. Levantar discussões, provocar reflexões, ressaltar o belo, revelar talentos e cobrar soluções para as nossas mazelas.
Celebrar, falar, apontar, cobrar, debater, refletir, observar, provocar, descrever e informar são alguns dos verbos que nos movem como jornalistas. Mas, pra mim, os dois mais importantes são: perguntar e ouvir.
O jornalista é antes de tudo um curioso, ansioso por respostas, para si e para a comunidade. Para informar bem, precisamos ouvir muito, com atenção, o maior numero possível de pessoas sobre cada assunto. Na verdade essa profissão é um privilégio. Há sempre uma troca muito rica e estamos, incessantemente, buscando saber mais…
Então brasilienses, podem contar comigo no jornalismo. Mas não esperem que eu entre na política. Não sou candidata mesmo! Campanha pra mim só tem uma, e essa é espontânea e apartidária: “Mexeu com Brasília, Mexeu Comigo!”
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