Um ar de Toscana no Cerrado

Samanta Sallum 

A 45 minutos de carro do Plano Piloto, um local cheio de história e curiosidades. Charmoso, saboroso e com um cenário bucólico que dá ares de Toscana italiana ao passeio. O Alambique Cambeba de tradição cearense está aberto à visitação e conta com um delicioso bistrô. O chef é formado pela escola Le Cordon Bleu, de Paris. 

Uma história, uma tradição que vem do Ceará. Cambeba, em tupi-guarani, significa cabeça chata e é o nome do alambique que produz uma cachaça premiada internacionalmente. A sétima geração da família Monte trouxe para o Cerrado a plantação de cana-de-açúcar e com um importante detalhe: 100% orgânica.

Um passeio para toda a família, até para quem não saboreia cachaça. É uma viagem ao tempo conhecer a história do alambique pela forma artesanal da produção da cachaça, assistindo sua forma de fabricação e um lugar especial: a adega, no subsolo, onde ficam armazenados mais 1,5 mil barris de carvalho importados do Tennesse, nos Estados Unidos, onde a cachaça envelhece por até 10 anos.

A paisagem montanhosa e verde da vista da varanda do bistrô é um dos charmes do lugar. Quem gosta de referências com outros destinos já chamou de recanto Toscana  no planalto. Mas o que temos ali é o melhor do Brasil , a paisagem do nosso Cerrado com o sabor do cardápio francês e a  nossa cachaça, o destilado brasileiríssimo ! A puríssima branquinha marvada !  

Quem gosta pode degustar os vários tipos produzidos no local. E quem acha que não vai gostar deve experimentar os variados drinques, alguns bens leves e refrescantes, como o cajuzinho do cerrado, que faz bastante sucesso. 

´´Nossa cachaça é 100% orgânica e premiada na Europa, nos Estados Unidos e na África do Sul. Faz parte de uma tradição familiar de mais de 200 anos, que minha família começou no Ceará e há 25 anos estamos aqui na região de Alexânia”, conta Galeno, dono do Alambique,  que recentemente celebrou mais um prêmio que sua cachaça ganhou – dupla medalha de ouro na África do Sul. Galeno guarda uma preciosidade que está para ser engarrafada: uma cachaça envelhecida por 15 anos.

Seu Galeno, 63 anos, faz questão de cumprimentar e conversar com todos de mesa em mesa no bistrô e contar um pouquinho da história da família. Mas um guia faz a visitação por todo o alambique, dando os detalhes sobre a fabricação da cachaça. Na casa da fazenda, uma lojinha para lembranças com doces, licores, cachaças em miniatura, entre outros. Tudo orgânico

 Já o  bistrô oferece pratos da culinária francesa, muitos com o toque da cachaça, elaborados pelo chef du cuisine Monsieur Lacroix, formado na École Le Cordon Bleu-Paris.  Para o almoço, há no cardápio pratos com carnes variadas, como risoto de pato, picanha suína com arroz biru-biru e filé de salmão com arroz de castanhas.

As sobremesas também encantam o paladar. Não podia faltar o tradicional petit gateau. A panacota de frutas vermelhas, o pudim de tapioca com coco e maracujá e o brigadeiro bêbado também são irresistíveis. Para a criançada, há o cardápio kids e também uma pequena brinquedoteca. 

Em Brasília, a rede de restaurantes Coco Bambu faz drinques com a cachaça Cambeba e ela também pode ser degustada no Armazém da Cachaça.  Muita gente já provou e aprovou a cachaçça de seu Galeno lá na Cambeba, como o conterrâneo cearense, o cantor Fagner.

Olha Aqui!