O público é muito mais do que mero espectador no Festival de Brasília. Vibra, protesta, aplaude, vaia e, é claro, mergulha na magia do cinema.
Na abertura, nesta sexta-feira, a mestre de cerimônias Maria Paula em alguns momentos teve dificuldade para conduzir a festa. Uma forte vaia permeou o discurso do Secretário de Cultura, Adão Cândido. O público cobrou a correta aplicação do FAC, o Fundo de Apoio à Cultura – um dos principais fomentos à cadeia produtiva da área no DF.
Os protestos também deram o tom na carta do Movimento Cultural do DF. O ator Marcelo Pelucio, em dado momento, roubou o microfone e leu um bom trecho do documento, sendo interrompido apenas quando cortaram o som.
Além das vaias
Mas não foram apenas críticas. O público também demonstrou um imenso carinho aos homenageados da noite, dentre eles o maestro Cláudio Santoro, que faria cem anos este mês. A viúva Gisele Santoro recebeu o trofeu mãos do maestro Cláudio Cohen, regente titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional.
O ator Stepan Nercessian, o produtor cultural Fernando Adolfo, e a documentarista Debora Diniz foram outros homenageados na abertura da 52ª edição do Festival de Brasília. Todos foram muito aplaudidos. E a palavra resistência esteve presente em quase todos os discursos de agradecimentos.
O filme O traidor, de Marco Bellocchio, foi exibido na abertura, com a presença de parte da equipe, incluindo a atriz Maria Fernanda Cândido.
O Festival este ano, mais uma vez, vai muito além das sessões no Cine Brasília. Olhe aqui tudo o que acontece até o próximo fim de semana. Aproveite para celebrar um dos festivais mais importantes e longevos do país.
Viva o cinema brasileiro!
Viva o Festival de Brasília!
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