A pandemia distanciou as pessoas, separou corpos, proibiu abraços. Mas deu cor e forma a um projeto que une 40 artistas visuais em plena quarentena.
Cada um provocado em sua arte a expressar a vivência em tempos de confinamento.
Um grupo de amigos se reuniu para criar o projeto 40Antenas e algumas parabólicas – Uma forma de registrar presságios e rastros do isolamento social.
Todos os dias, um artista do coletivo participa de lives de 15 minutos com performances, falas e bate-papo no perfil @40antenasdc.
Hoje, 1• de julho, às 20h, é a vez do artista brasiliense Marcelo Campos.
“Digo que é o momento dos 15 minutos de fama de cada um, como Andy Warhol dizia” , descontrai Suyan de Mattos, curadora do projeto.
O grupo de artistas selecionados apresenta a produção de poética nas artes visuais durante esse período de isolamento.
O coletivo foi idealizado por Hilan Bensusan. O projeto tem acompanhamento crítico de Marilia Panitz e coordenação gráfica de Cirilo Quartim.
Exposição na 109 Sul
Quando começamos a pensar no projeto, era importante saber quando, como e onde os trabalhos seriam expostos. Não tínhamos como especificar datas, porque estamos numa pausa que não sabemos quanto tempo vai durar. Definimos apenas que será na Sétima Semana dC (depois do Coronavírus). Não sabemos exatamente o que será, é uma espécie de mensagem jogada ao mar”, explica Hilan.
O local já foi escolhido: a passarela subterrânea entre a 109 Sul e a 209 Sul.
“O que é tipicamente fora em Brasília? As ruas do Plano Piloto? Elas não são tão pedestres. Por isso, pensamos nas passarelas subterrâneas, e na 109 Sul, que tem uma história, perto do Beirute. Ao mesmo tempo, a passarela é um lugar fechado, confinado, e é também uma rua. É como se fosse a chegada do sol, daí a ideia de escolher uma passarela, uma galeria pública” , diz Hilan.
Siga a página no Instagram do coletivo e acompanhe a produção desses artistas durante o isolamento, além de conversas e lives diárias sempre às 20h.
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