Convidada: Sandra Bacelar é radialista, fonoaudióloga e mãe do Enzo, autista diagnosticado aos 18 meses
Quando chega abril, falamos, mais uma vez, sobre a conscientização do Autismo. Segundo a Organização Mundial da Saúde, hoje, a cada 68 crianças nascidas vivas, uma é autista. Um número alto e bem alarmante.
No Brasil, não temos ideia do tamanho dessa população, já que não há políticas públicas específicas para tratar do assunto. O primeiro esbarrão que as mães levam assim que percebem que há algo errado é no SUS. A falta de preparo e a desinformação de vários pediatras postergam diagnósticos. O resultado? Desastroso!
Crianças com 10 anos sem diagnóstico no Brasil, uma perda irreparável de tempo para aquele cérebro que fica anos sem estimulação adequada. Quando pensamos na neuroplasticidade da primeira infância, constatamos um grande prejuízo que não tem volta, por isso a importância de um diagnóstico precoce.
Sinais de alerta
É preciso estar muito atento às etapas de desenvolvimento, prestar muita atenção a uma tríade comum a todos os autistas: falta de contato visual, isolamento (falta de interesse por pessoas) e estereotipias (movimentos repetitivos). São sinais que podem caracterizar o autismo.
Na dúvida, comece imediatamente terapias psicológica, fonoaudiológica e ocupacional (essa última superimportante para os autistas por trabalhar toda a parte sensorial, que neles é bem alterada), e lembre-se de o autismo não é o fim do mundo, mas o começo de um mundo novo para você!
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