Convidado: Angélica Cordova é jornalista e mestre em comunicação. Neta de Luiza e mãe de três pequenos.
De vida, já são quase 93 anos, longevidade que tem sido conquistada por cada vez mais brasileiros. Mas o que Luiza José Cordova tem de única é a sua descendência: são 12 filhos, 44 netos, 123 bisnetos e 10 tataranetos. Uma família que não cabe numa foto só, apesar de quase toda essa gente morar em Brasília. Cidade que a mineira adotou como sua em agosto de 1960. Na época veio para cá com o marido, o espanhol Jerônimo (já falecido) e dez filhos. Por aqui, tiveram mais dois.
Fizeram a vida em Taguatinga, primeiro como vendedores no Mercado Norte. Hoje, destino movimentado na cidade, mas na época ainda era uma construção de tábuas e chão de terra. Depois foram trabalhar como feirantes, melhoraram de vida e montaram um mercado e, na década de 1970, migraram para o ramo de autopeças.
Ajudaram a dar cara para essa cidade do DF de grande importância econômica. Estudo ela quase não teve. Lembra que o pai contratou uma professora que foi à fazenda onde vivia, em Itapagipe (MG). Contabiliza dois meses de estudo. O suficiente para aprender a ler e fazer contas de cabeça. O que sabe, aprendeu mesmo na escola da vida.
Católica, vovó Luiza frequenta semanalmente a Paróquia do Perpétuo Socorro, no centro da cidade, pertinho de sua casa. Hoje, Luiza se locomove com um andador, que, vez ou outra, vira brinquedo nas mãos dos bisnetos e tataranetos que a visitam. Ninguém sai de lá sem um bom pão caseiro quentinho e um café.
Vovó Luiza ainda cultiva boa memória e bom humor. Orgulha-se dessa enorme família que teve origem em suas longas horas de partos. A vida de tanta gente passou por ela. Obrigada, vovó Luiza. Feliz dia dos Avós.
Um comentário
Paulo Cesar Córdova de Araújo
26/07/2019 at 22:20Parabéns vó. De verdade sempre de bom humor e que não desistiu da dedicação para com a família mesmo após a morte do vô, com quem viveu um matrimônio de quase 60 anos.
Feliz por ser um dos 44 netos e lhe dar 3 bisnetos.
Boa dedicatória. A senhora merece.
Abraços
Paulo Cesar Córdova